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4/8/2022

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Memória sou Eu

 
por Sandra Costa
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No vislumbre do dia raiar, tento lembrar-me de memórias inexistentes. O meu mental desvanece como o vento e tento, tento lembrar-me.... memórias perdidas no vento. Às vezes, nem sei se é a memória que falha ou se sou eu que quero esquecer, o tempo, esse, serve de desculpa distorcida... “não me lembro, já passou tanto tempo...”. Outras vezes, abro os olhos, vejo ao meu redor e penso. Penso em tudo o vivi, amei e odiei, lembro-me das experiências de vida, das minhas vivências, alegrias e desamores. Aí tudo vem em catadupa e a memória, essa, não falha. Surgem imagens coloridas como se de uma fotografia se tratasse, e sons e cheiros misturam-se. Fico então em paz comigo e com o mundo. O tempo continua a desvanecer-se, o sentir não! Memórias todos temos, ainda que às vezes não sejam as melhores. Eu tenho ambas e reconheço-as pelo que são, pois isso levou-me onde estou, fazem parte de mim... para caminhar temos de dar o primeiro passo e as nossas memórias caminham connosco como representações de existências passadas que nos conduzem ao presente e alentam o futuro.
Sejamos então orgulhosos das nossas memórias, elas não são só nossas. Nelas vivem os nossos pais, irmãos, amigos e inimigos... a nossa memória é uma coletânea do conjunto das nossas experiências neste mundo e elas perdurarão nas memórias dos nossos descendentes.
Fraca e ténue é a linha entre memórias e o saudosismo bloqueador, inibidor de avançarmos e crescermos enquanto seres; agir ou deliciarmos-mos em “tempos idos” sem nada fazermos para progredir, avançar... Na constante procura de algo, de uma razão, no constante deambular de dúvidas existenciais esquecemo-nos de procurar em nós, no nosso interior, na nossa memória... o que tanto procuramos exteriormente.
Amo as minhas memórias! Odeio as minhas memórias. Contudo, nessa dicotomia, aceito-as e as exulto. Eu sou a memória e a memória sou Eu. Estamos ligadas intrinsecamente por algo transcendente e imortal, que perdura após a morte física: a memória.
O tempo pode distorcer as memórias, mas elas existiram... e quando eu já não estiver neste plano, a minha memória perdurará nos atos e ações que fiz, na palavra amável ou no sorriso que alegrou o dia de alguém. Memórias construímo-las todos os dias, simplesmente não as compreendemos como tal.
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