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por Vitalina Ferreira Jon era um jovem humilde que vivia num bairro em Nova Iorque. Sua família tinha poucos recursos, seu pai trabalhava nas minas e a mãe era dona de casa, claro que trabalho não lhe faltava! O casal tinha seis filhos, o mais velho com vinte e um anos, o mais novo com cinco.
Jon tinha dezasseis anos, ajudava a família em tudo o que podia, ia levar e buscar os irmãos mais novos à escola, fazia-lhes os lanches, ajudava nos trabalhos de casa, também ajudava a mãe nas tarefas domésticas. Tinha recentemente arranjado um part-time num restaurante, aos fins de semana, para poder comparticipar nas despesas familiares e guardar algum para mais tarde poder realizar seu sonho, o de ser advogado. Toda a família se orgulhava dele, desde que começou a estudar sempre esteve no quadro de honra. Há mais de vinte anos que aquela escola não tinha registo de alunos com notas tão elevadas a todas as disciplinas. Ele ainda jogava basquete, com treinos todos os dias, tinha uma banda que ensaiava três vezes por semana, fazia voluntariado para ajudar os mais carenciados numa associação do seu bairro. Era um jovem como todos os outros, ou mais ainda, ele achava sempre pouco tudo aquilo que fazia. Os familiares, por vezes, perguntavam como era possível ele ter aquelas notas com tanta ocupação, chegaram a pensar que era sobredotado, e talvez até fosse, mas nunca foram ver, pois não tinham capacidades económicas. Também nunca nenhum professor aconselhou os pais a ver, sim, porque era uma família muito pobre e eram negros. Sim, o racismo existe! Sim, a desigualdade existe! Sim, o preconceito existe! Jon tinha consciência de tudo isso, mas continuava todos os dias a lutar pelos seus sonhos, esquecendo-se da realidade. Era um jovem alegre, que contagiava qualquer um com a sua boa disposição. O bairro onde vivia até era bem calmo, todos se conheciam e conviviam uns com os outros. Eis que um dia a polícia bate á porta e pergunta se o Jon está em casa. A mãe respondeu que sim e perguntou porquê. A polícia respondeu: o seu filho está preso, por assassínio. Jon levantou-se rapidamente da cama e disse que só podia ser brincadeira, que não servia para matar uma mosca quanto mais um ser humano. A polícia levou-o para a esquadra, onde se iria dar o interrogatório. Jon não protestou, pois sabia que estava inocente. Ficou em prisão preventiva, um ano depois saiu a sentença, condenado à pena de morte. Porém esta não se deu imediatamente. Jon nem queria acreditar que tinha sido acusado injustamente, nem se preocuparam em investigar para achar o culpado. Porém continuou a estudar na cadeia e realizou o seu sonho de ser advogado. Your comment will be posted after it is approved.
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Desafios de escrita criativa
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Novembro 2022
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1/31/2022
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