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por Rita Amaral Para sempre. Aqui estou.
Ninguém me disse que era assim. E também não me disseram o contrário. Provavelmente porque ninguém sabia. É que, bem vistas as coisas, é no “para sempre” que a história acaba. O depois não importa. Ou não deve importar, porque casaram e foram felizes ou foram amaldiçoados ou aprenderam uma lição qualquer e pronto, fim. Talvez por isso tenha crescido com a noção de que o “para sempre”, mesmo que conotado positivamente, só chega no fim. De outra forma, não é realmente “para sempre”. E que triste ideia a de que a eternidade, afinal, põe fim às coisas em vez de perpetuá-las. Não é nada assim. O “para sempre” vive-se antes do fim. Ontem, hoje e amanhã. Um dia a seguir ao outro. E na maioria das vezes, nem sequer são dias especiais. Mas passamos e passaremos por eles até que se acabem. E foram os “para sempre” quebrados que mo ensinaram. As amizades desfeitas, as perdas, as desilusões que ditam o fim de muitos gostos. Achei que seriam eternos e depois achei que me enganara. Só mais tarde percebi que, no fim de contas, o “para sempre” é que não é sempre do mesmo tamanho. Pode durar a vida toda, mas também escassos dez minutos. E está tudo certo. É por isso que aqui estou. Hoje, vivo o “para sempre” de todos os amores que tenho e de todos os que me têm. Não sei se longos se curtos, mas sei que enquanto durarem, são para sempre. E no dia em que a minha história chegar realmente ao fim, espero que se interrompam muitos “para sempre” porque, de repente, não me ocorre final mais feliz. O seu comentário será publicado depois de ser aprovado.
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Novembro 2022
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11/9/2022
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