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10/13/2021

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Texto de São Bernardes

 
Naquele momento, Deide pressentiu qualquer coisa estranha. Tudo ficou subitamente silencioso…até mesmo as folhas nas árvores estavam em silêncio, não soprava nenhuma aragem, quando momentos antes ele sentira a brisa própria da altitude a que se encontrava.” Não é normal!” murmurou para si “algo se passa aqui…”
Virou-se em todas as direções e não avistou nada, somente a quietude e o silêncio angustiante que pairava no ar. De repente sentiu os cabelos na nuca arrepiados, não era um bom sinal…algo estava ali e ele não conseguia descobrir! Ficou estático, tornou a sua respiração lenta, muito lenta, como se respirar fizesse um barulho horrível no meio daquele silêncio.
 No instante seguinte, intuiu algo atrás de si e, antes que conseguisse virar-se, ouviu na sua mente: “Não te movas!” era uma ordem, desconhecia a sua origem, mas ele obedeceu. Sentiu que algo se aproximava das suas costas, um bafo quente, um respirar agitado. Continuou imóvel e deixou que o que quer que fosse o cheirasse, que sentisse o seu odor, isso era importante para algumas espécies, ele sabia. E havia aquela voz na sua mente a dizer-lhe para não se mover…
O tempo passou muito devagar, não soube quanto tempo ficou ali a controlar a sua respiração, o desejo de se voltar e derrubar aquele ser que se tinha aproximado pelas suas costas, sentia que não estava a controlar a situação e não estava habituado a isso. Tudo na sua vida era metodicamente controlado, não gostava de surpresas, tinha desenvolvido estratégias para conseguir resolver todas as situações menos óbvias. E agora…, mas algo lhe dizia que devia mesmo estar quieto e aguardar!
Ao fim de algo tempo a voz soou novamente na sua mente: “Já podes voltar-te, devagar, não faças movimentos bruscos, por favor. Guim gosta de ti.”
“Guim?! Quem será esse que gosta de mim?”, pensou Deide.
Voltou-se devagar e teve de fazer um esforço para se manter calmo. Diante de si estava o maior animal que alguma vez vira…um dragão enorme. Tinha a cabeça mesmo à altura do seu rosto, os olhos verdes miravam-no com curiosidade. O seu corpo estava revestido de escamas cinzentas de diversos tons. Deide ficou petrificado, após o primeiro instante em que pensou pegar na espada e combater, no entanto, o pedido de que não fizesse movimentos bruscos fez com que ficasse quieto. Mas um dragão?! Estavam extintos há centenas de anos! 
Pouco depois, o dragão baixou a cabeça até junto do chão e Deide percebeu que alguém descia pelo pescoço até poder dar um salto até ao solo. Aí, com a mão no pescoço do dragão estava a jovem mais linda que ele alguma vez vira. Estranha, sim, mas muito bela.
“Olá, eu sou a Neiva” murmurou novamente aquela voz na sua mente.
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