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10/18/2021

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Texto de Sílvia Vidal (Sissi Mar)

 
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Eu tinha que voltar àquela cidade...
A cidade onde cresci, onde fui feliz, mesmo que por pouco tempo...tinha que voltar a ver a velha escola onde aprendi a ler e a escrever, onde conheci as melhores referências que viriam a fazer parte do meu mundo.
Eu tinha que voltar a ver o velho moinho sem asas onde aprendi a amar e onde sonhei que um dia ainda ia ser imensamente feliz junto do amor e da vida. Mas a mesma vida trocou-me voltas e a felicidade escaqueirou-se no chão da minha alma, levando com ele as fragâncias de um caminho de sonho. A minha avó morreu e para além da saudade levou com ela uma vastidão imensa de esperanças, diluídas num choro de desesperança.
E assim voltei a fazer as malas depois de uma vida vazia de tudo e cheia de quase nada. E com esse quase nada, rumei à minha cidade.
A casa onde tinha sido tão feliz estava em ruínas, assim como a minha alma...
Era tempo de me reconstruir!
Revi com calma o velho moinho desfeito pelo tempo.
Ouvia-se entre as ervas altas e as paredes prostradas no tempo, o silêncio do vento a marulhar na minha essência. Duas grandes lágrimas avançaram limpando todo o meu velho mundo.
 - Vamos reconstruir-nos?
Ouvi aquela voz que tão bem conhecia. Na mão os mesmos copos de cristal onde dançava um vinho de mil tons e sabores.
Olhei profundamente para além de mim, reconhecendo aquele amor perdido no tempo e fizemos amor com os olhos do coração.
Detivemo-nos a saborear aquele momento durante um longo tempo... o tempo de nos reencontrarmos, e às nossas almas em uníssono, num amor prometido e não cumprido.
Demos as mãos e juntos subimos  com fé os últimos degraus da felicidade  e olhámos juntos as janelas da alma que a esperança nos ofereceu.
Brindámos o vinho em copos escaqueirados numa imensa paixão pela vida.
Estávamos completos!
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