Marie Kondo tornou-se um sucesso sem precedentes na área da organização do lar, mas já te questionaste sobre o que estará por trás deste fenómeno?
Se és marketeer respondes facilmente a esta questão, se não és, eu conto-te o segredo. O método divulgado por esta autêntica máquina de destralhar obedece a dois pilares básicos do marketing: soluciona um problema e usa a emoção para o fazer.
Senão vejamos: quem não sonha ter a casa tão organizada que se pareça com um andar modelo, especialmente se garantirem que isso beneficiará todas as outras áreas da vida? Juntamente com a arrumação das gavetas, arruma-se um amor perdido, as contas já não parecem um pesadelo e a produtividade aumenta em flecha. Para isso, basta ouvires o teu coração. Pega em objetos e roupas e ouve a voz doce desta organizadora pessoal, enquanto te sugere que sintas quais os que te trazem alegria. Esses são para guardar. Se não sentes nada quando os seguras, então está na hora de agradeceres o papel que tiveram na tua vida e praticares o desapego.
Os livros do método KondoMari vendem como pãezinhos quentes. A figura franzina e meiga de Marie e a promessa de uma vida melhor, levam-nos a ficar horas a devorar vídeos com tutoriais sobre como se dobra roupa.
KondoMari é um enorme exemplo de como os ingredientes explosivos do marketing digital, associados à globalização e democratização que a internet nos proporcionou, resultam em pleno. Se queres obter sucesso vende soluções, não produtos. E não te esqueças que são as emoções que levam os teus clientes à ação.

Até para um escritor, existem sentimentos difíceis de expressar. Como se agradece com o coração?
A simpatia, a atenção e o calor humano imperam nas escolas deste agrupamento. Fui acarinhada e mimada de uma forma rara, fui recebida não só de braços abertos mas com o coração aberto. Ali, estive em casa a fazer o que amo.
Ontem, facilitei o workshop de escrita criativa a duas turmas de décimo ano e uma turma de oitavo ano. Quem diz que crianças e adolescentes não gostam deste tipo de atividade, não sabe o que diz. Com a ajuda do Kula e de alguns exercícios de escrita, aprendemos e demos largas à criatividade. Sempre com humor e amor! E sim, eu também aprendo e muito!
Regressei com lembranças oferecidas pelos alunos e professores e com um sem número de memórias. Vejam o crachá que me ofereceram com a imagem das bibliotecas do agrupamento. Lindo, não é? Mas houve mais: uma dedicatória assinada, uma planta que se chama "gratidão", um bloco de notas onde guardarei as mais belas palavras.
Como o tempo foi curto, ficou a promessa de um regresso.
Até já!