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Frutos dos nossos workshops

11/18/2019

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A partir desta semana, passaremos a publicar textos dos participantes nos nossos workshops de escrita criativa, bem como os resultantes dos desafios publicados na nossa página de Facebook.
A estreia cabe à Andreia Atalho, em resposta ao exercício proposto no workshop de 9 de Novembro, no Ler Por Aí.
E se um amolador e um assassino se encontrassem? Foi assim que a Andreia respondeu...
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"Descia em passo apressado pela Rua Garret um homem de 35 anos, alto e bastante magro.
Abandonou as suas raízes na juventude e a sua vida ficou marcada pela solidão. Nascido em Estorãos, uma aldeia minhota situada a 6 quilómetros de distância de Ponte de Lima, Manuel sempre se sentiu diferente dos outros meninos da sua idade. Gozavam com ele pela forma como falava como se sentava e detestava brincar com carros ou jogar à bola.
Muitas vezes sentia-se discriminado por ser como é mas que ele próprio não compreendia ou seria capaz de aceitar.
No outro lado dessa mesma rua, subia o João com cerca de 58 anos de idade, cabelo grisalho e de estatura baixa.
Com uma bicicleta pela mão e uma gaita de beiços, anunciava a chegada da chuva.
Tinha perdido o filho em tenra idade num acidente de carro, acidente esse que ele próprio tinha sido culpado. Tinha feito uma ultrapassagem numa curva de pouca visibilidade e ao desviar-se do carro que vinha em frente, bateu com o carro de lado numa árvore.
João de seu nome, trazia na face essa dor e esse pesar.
Que aspecto tem um homem que carrega em si a dor de matar o seu único filho?
Sabia que ter sobrevivido a este acidente só poderia ser castigo, castigo de não ter querido ter um filho e agora iria carregar essa dor até morrer. 
A sua mulher nunca foi capaz de lhe dizer o quanto o culpava pela dor que trazia no coração, mas a forma como o olhava….
João sentiu na altura que não conseguiria viver com estas duas dores, a da sua mulher e a dele.
Num dia bem cedo saiu de casa.
Ana a sua mulher ouviu e sentiu o que estava prestes a acontecer, mas nada fez para o impedir.
Finalmente aconteceu o que ela tanto desejara.
João colocou a sua chave em cima da mesa da cozinha, sabia que Ana iria entender a mensagem – “Não pretendo voltar, não irei voltar”.
Nesse mesmo dia Ana chorou de alívio.
Em lados opostos da Rua Garret, os olhares destes dois homens cruzaram-se e parecia que gritavam por ajuda.
Manuel ardia de raiva por dentro, sentia que iria cometer um erro enorme da sua vida, queria descarregar a sua raiva, acumulada de anos, em alguém
Ao reparar em João, Manuel abrandou o passo
João ao reparar em Manuel continuou a tocar a sua gaita-de-beiços mas mais devagar.
Seriam capazes duas almas de se cruzarem numa rua, aliviarem uma dor e evitarem um enorme erro?"

Gostaram? Deixem os vossos comentários.
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Fomos escrever por aí...

11/14/2019

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workshop escrita criativa, marketing digital para autores, ler por aí, Lisboa
No dia 9 de Novembro fomos escrever por aí, no café literário Ler Por Aí. Já é um clássico e a nossa segunda casa. Demos as boas-vindas aos participantes com uma oferta do nosso parceiro Manga Limão Party Planning & Styling, um pequeno cartão alusivo a Fernando Pessoa com sementes de flores silvestres, para que possam plantar sonhos, cuidar deles e vê-los crescer.
O ambiente é intimista e acolhedor, por isso mantemos o compromisso de limitar o número de inscrições nos nossos workshops. Não queremos espaços grandes, queremos espaços únicos que favoreçam a proximidade e a partilha.
Desta vez optámos por um programa diferente e desenvolvemos o processo de escrita de ficção: da preparação à redação, e à edição de texto. Depois, passámos ao marketing digital para autores.
Entre um tema e o outro, bebericámos um café e debicámos uma maravilhosa fatia de bolo de frutos vermelhos, conversámos sobre o mundo editorial e trocámos experiências.
livro do desassossego, Fernando Pessoa, mandarim
livro do desassossego, Fernando Pessoa, mandarim
Numa observação mais atenta, própria dos escritores, descobrimos uma mesa que albergava uma raridade: o Livro do Desassossego, do nosso poeta Fernando Pessoa, numa versão em mandarim. Infelizmente, não estava à venda.
Já um pouco atrasados, iniciámos a viagem pelo mundo digital: as páginas de Facebook e como anunciar, e a importância de construir uma lista de e-mail.
Entregues os certificados de participação, foi tempo de despedidas, na certeza de que os finais dos nossos workshops de escrita criativa são um até já e não um adeus.
Voltaremos ao Ler Por Aí, no dia 1 de Fevereiro de 2020, para uma nova edição do workshop de escrita criativa e marketing digital para autores. E planeamos mais novidades para breve!
Se não queres perder o próximo, inscreve-te aqui.

Esperamos por ti!

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10 Frases de Fernando Pessoa que tens que conhecer

11/4/2019

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Fonte: Casa Fernando Pessoa

"Fernando Pessoa nasceu a 13 de Junho de 1888, no Largo de São Carlos, em Lisboa.

Começou a escrever em criança e fê-lo sobretudo em português, mas também em inglês e francês. Viveu 47 anos e passou grande parte deste tempo a escrever. Considerava que ser poeta e escritor não constitui profissão, mas vocação.

Morreu a 30 de Novembro de 1935, em Lisboa, cidade referida em muitos dos seus poemas e cenário do famoso Livro do Desassossego."
Fonte: Casa Fernando Pessoa
Deixamos-te algumas frases marcantes da valiosa obra de um dos mais reconhecidos poetas portugueses, que comprovam que a filosofia e a poesia andam de mãos dadas.
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Fonte: Casa Fernando Pessoa
1. "Absurdemos a vida, de leste a oeste."

2 . "O que me sinto ser, nunca sei se o sou realmente, ou se julgo que o sou apenas. Sou bocados de personagens de dramas meus."

3. " Não há saudades mais dolorosas do que as das coisas que nunca foram!"

4. "Reina quem não está entre os vulgares."

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Fonte: Casa Fernando Pessoa
5. "Todos os problemas são insolúveis. A essência de haver um problema é não haver uma solução. Procurar um facto significa não haver um facto. Pensar é não saber existir."

6. "Os que sonham grandemente, ou são doidos e acreditam no que sonham e são felizes, ou são devaneadores simples, para quem o devaneio é uma música da alma, que os embala sem lhes dizer nada."

7. "Em nada me pesa ou em mim dura o escrúpulo da hora presente. Tenho fome da extensão do tempo, e quero ser eu sem condições."

8. "Obedeça à gramática quem não sabe pensar o que sente. Sirva-se dela quem sabe mandar nas suas expressões."

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Fonte: Casa Fernando Pessoa
9. "O peso de sentir! O peso de ter de sentir!"

10. "São intransmissíveis todas as impressões salvo se as tornarmos literárias. As crianças são muito literárias porque dizem como sentem e não como deve sentir quem sente segundo outra pessoa."

E tu, gostas de Fernando Pessoa? Que frase mais te marcou?
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