7 Perguntas a Ana Acto

Não precisamos de conhecer a Ana pessoalmente para gostar dela. A poetisa que vive além Tejo, transpira doçura e sensualidade em cada palavra que escreve.
Será esse um dos segredos para o enorme sucesso junto dos leitores? Nós perguntámos e a Ana aceitou o desafio.

Fala nos um pouco de ti e do teu percurso na escrita. Como começou ?
Chamo-me Ana Isabel Correia Acto, nasci a 5 de Abril de 1979 em Tomar.
Moro em Setúbal deste os 8 anos de idade . A leitura é uma paixão que me acompanha desde sempre, mas a escrita veio mais tarde.
Lembro de me oferecerem o livro em branco, que ainda tenho, e compilar poemas de vários autores.
Nunca imaginei escrever e publicar, apenas era uma forma de exteriorizar os meus sentimentos. Mas em Abril de 2018 com incentivo de amigos, abri uma página com o meu nome Ana Acto.
Escolhi dar-lhe o meu nome porque ela sou eu e eu nela mostro em partes o meu todo, o modo como vejo o mundo e como o sinto, escrevo sobre sensualidade, sentimentos... Falo de Amor em todas as suas vertentes, mágoa , tristeza, amor romântico o platônico...


Porquê poesia?
A poesia não foi escolha, escolheu-me.
Prioritariamente comecei com posts onde escrevia apenas um pensamento ou frase o que ainda faço muito e adoro. Mas sem me aperceber fui aos poucos começando a entrar na prosa poética e na poesia.
E ao começar a participar em colectâneas e antologias foquei-me um pouco mais nela. Mas não escrevo somente poesia, depende do estado de espírito.

Onde encaixas o teu estilo de escrita?
Simplesmente não encaixo.
Não sigo acordos nem regras.
Não me esforço por rimar ou florear o que escrevo.
Entendo que poesia é muito mais que gramática é uma forma de sentir .
E eu limito-me a extravasar o que sinto ou como sinto algo que me rodeia.
Por isso não sinto que me encaixe num género próprio.

És uma leitora assídua de poesia?
O que vou dizer vai talvez soar estranho.
Antes lia muito , comprava livros de poesia sem autor específico, abria gostava e comprava. Depois mais tarde comecei a ler mais romances, embora entremeios fosse incluindo a poesia... E tenho consciência que preciso ler mais para desenvolver capacidades, vocabulário, ideias...
Mas...
Desde que comecei a escrever o certo é que me alheei um pouco da leitura.
E aqui vem o estranho, senti que ao ler este ou aquele autor me deixava, mesmo que inconscientemente, influenciar pelo seu modo de escrever. E queria ser apenas eu manter a minha genuinidade , simples, sem floreados, sentida...
Por isso, não...
Neste momento não me considero uma leitura assídua de poesia.

Em que bases assenta o segredo do teu sucesso junto dos leitores?
Segredo...
Não há segredo nenhum, há sentimento, muito... E aí sim assenta esse " sucesso".
Apenas escrevo se sentir, não concebo escrever sem tal coisa. Ao forçar sinto as palavras frias.
E sei que os meus seguidores me seguem porque sentem o que escrevo e de minhas sentem suas também as dores, a alegria, o amor...
Sentem as minhas palavras como suas e identificam-se com estes estados de alma.
Julgo ser essa a chave, chegar com o coração aos corações. Em sentimento e simplicidade.

Pensas publicar um livro a curto ou a médio prazo?
Um livro...
É um sonho sim e como tal desejo claro realizá-lo. É um projecto que está a ser pensado e preparado.
A curto ou a médio prazo? Veremos.

O que esperas do teu futuro enquanto poetisa?
Poetisa...
Não me considero poetisa. Alguém que escreve um pouco de tudo sem gênero.
Mas comecei este caminho sem pretensões. Apenas escrevia como forma de desabafo e gostava da retribuição que sentia da parte de quem me lia .E um dia após o outro sem perceber fui construindo este caminho e vou vendo onde me leva desfrutando cada passo sem pensar muito no destino.

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