É incontestável a importância dos prémios literários no estímulo à produção de obras de língua portuguesa, assim como na promoção de autores ligados aos vários géneros possíveis.
Ainda vais a tempo de participar em alguns dos concursos deste ano, mas antes de enviares a tua obra lê os nossos conselhos.
Se ficaste com vontade de tentar a tua sorte, deixamos-te a informação de alguns prémios com inscrições a decorrer.
Se ganhares algum dos prémios, não deixes de partilhar esse feito connosco.
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Uma das tarefas mais importantes para um escritor é a de encontrar a editora certa para publicar. Atualmente, existem muitas editoras e um leque alargado de possibilidades, o que poderá causar confusão e dificultar a escolha. Neste artigo, reúno toda a informação de que necessitas para escolheres a tua editora. Devo optar por uma chancela editorial ou por uma edição de autor? Antes de optares, é importante dividir as chancelas editoriais em dois géneros: editoras tradicionais e vanity publishers. Confuso? O acesso às editoras tradicionais está reservado a uma minoria. Com editoras tradicionais, refiro-me àquelas que não solicitam o patrocínio do autor para publicar a sua obra. Quem tem acesso às editoras tradicionais? Os escritores que conquistaram alguma visibilidade e que aparentam ser um investimento menos arriscado. Aos escritores anónimos, que representam um maior risco de investimento, resta recorrer a uma vanity publisher. Nestas editoras é solicitado ao escritor que patrocine a publicação do seu livro mediante o pagamento de uma determinada quantia ou, mais frequentemente, ficando este obrigado a adquirir um determinado número de exemplares. Em qualquer dos casos, existe apoio na revisão do texto - o que nem sempre se verifica no caso das vanity -, distribuição da obra no circuito comercial - mais uma exceção no que toca a algumas vanity -, no lançamento e numa primeira fase de divulgação da obra. É importante referir, no entanto, que recai sobre o autor o ónus da promoção continuada do seu livro e imagem. Em relação aos dividendos das vendas, o autor tem sempre direito a receber a percentagem relativa aos direitos de autor bem como, no caso de ter sido obrigado a adquirir exemplares, ao valor total das vendas dos livros que comprou. Nas edições de autor, tudo o acima citado é da responsabilidade do escritor. Desde a revisão do texto à paginação, da organização do evento de lançamento à promoção da obra e à aquisição e venda de exemplares. Quais são as vantagens e desvantagens de cada uma das opções? A verdade é que a chancela editorial, seja ela tradicional ou vanity publisher, ainda abre algumas portas. No caso de autores que queiram apresentar a sua obra nas escolas, por exemplo, é mais fácil obter autorização quando não se optou por uma edição de autor. E, embora seja fácil encontrar reclamações de autores que contrataram editoras não tradicionais e não encontram os seus livros nas livrarias, a verdade é que distribuir nas maiores cadeias livreiras é uma miragem quando falamos de edições de autor. No reverso da medalha, optar por publicar sem interferência de terceiros dá ao escritor poder total sobre a sua obra. A distribuição não fica fora de questão quando, de forma proativa, o dono do livro contacta e negoceia a venda em pequenas livrarias. Se consideras a edição própria mais apelativa, encontrarás várias possibilidades. Não deixes de considerar a Amazon direct publishing, que te oferece inúmeras vantagens. Prefiro recorrer a uma editora, como deverei proceder? Se decidiste recorrer a uma editora, digo-te, em seguida, os pontos a observar. 1. Não deixes a procura para o fim. Podes procurar uma editora antes de terminares o livro. Parece estranho, mas algumas editoras aceitam publicar obras que ainda não estão terminadas desde que encontrem potencial nos capítulos a que tiveram acesso. Alguns editores gostam de acompanhar o processo de criação e podem até dar dicas preciosas. 2. Envia a tua obra para várias editoras, incluindo as tradicionais. Não é por ser difícil conseguir publicar numa editora tradicional que as deves deixar de fora. Como referi, existem exceções e tu poderás vir a fazer parte dessa minoria de afortunados - ou, devo dizer, resilientes? Envia a tua obra para várias editoras e não desesperes, o prazo de resposta varia entre algumas semanas e meses. Desconfia se te responderem muito rápido. 3. Pede a opinião de outros escritores. Se já tens uma ou mais editoras em vista, pede a opinião de escritores que tenham publicado com a chancela. Não te limites a ouvir uma opinião, isso seria um tiro no escuro. Pergunta o que correu bem e o que correu mal e, principalmente, se voltariam a recorrer ao mesmo serviço. 4. Segue a tua intuição. É possível que sejas contactado por várias editoras vanity. Presta especial atenção ao tom e à forma como és abordado. O tom demasiado comercial? Claro que a intenção é vender um serviço, mas a abordagem diz muito sobre o que poderá vir a seguir. Os contactos são insistentes e a proposta é tão aliciante que parece mentira? Então, provavelmente, é. 5. Privilegia o contacto presencial. Prefere um primeiro contacto cara a cara. Marca uma reunião onde te permitam esclarecer todas as dúvidas e debater os termos do contrato. Se um editor insiste em manter contacto apenas por e-mail, talvez queiras repensar a escolha. Os contactos impessoais propiciam a falta de resposta e outras situações desagradáveis. 6. Pesquisa. Se já tens uma preferência ou se estás indeciso entre duas propostas, faz uma pesquisa. Procura artigos sobre eventos onde a editora esteve presente, se tem stand nas feiras do livro e se é comum convidar os autores para sessões de autógrafos. Observa o website e a atividade nas redes sociais. A editora divulga a sua presença em eventos, promove os livros dos autores e tem uma relação próxima com eles? Se a resposta é sim, poderá ser uma boa aposta. 7. Cerifica-te de que existem critérios de qualidade. A última coisa que queres é ver o teu nome associado a uma chancela que publica livros sem critérios de qualidade. Lembra-te de que embarcar numa aventura semelhante poderá fechar-te portas, no futuro, em editoras tradicionais. Embora contando com o patrocínio do autor para publicação, algumas vanity gostam de se associar a escritores com algum potencial. Se acreditas no teu, não aceites menos do que um editor que também acredita. 8. Analisa bem os termos do contrato. Claro que o pagamento é um fator de peso, mas não te concentres apenas no preço a pagar pelo serviço - que deverá situar-se entre os 1500 e os 2000 euros, dependendo do número de páginas e cores -, toma atenção a questões como prazos, revisão de texto, divulgação, lançamento e distribuição. Quando decidires avançar, deixa claro que zelarás pelo cumprimento das cláusulas contratuais. 9. Procura um patrocínio. Caso tenhas de investir na publicação do teu livro, considera recorrer a um patrocínio. Poderás contactar, por exemplo, a Câmara Municipal da tua área de residência, uma empresa local ou uma empresa que esteja ligada ao tema do teu livro. Poderás ainda optar por recorrer ao financiamento colaborativo. Se conseguires o patrocínio da tua autarquia ou de uma empresa privada, o logótipo deverá ser impresso na capa ou contracapa da tua obra. Na eventualidade de recorreres a uma campanha de crowdfunding, não te esqueças de agradecer as colaborações numa das primeiras páginas do livro. Algumas editoras criam este tipo de campanha, informa-te. Este artigo foi útil? Comenta e partilha com outros escritores. Só assim poderei continuar a produzir mais e melhor conteúdo.
Se estás a ler este artigo, o primeiro passo está dado, parabéns! Queres escrever um livro ou, ainda mais certo, vais escrever um livro, mas sabes que não sabes tudo. É verdade, não sabes. Uma carreira na escrita é, como em qualquer outro ofício, um processo de aprendizagem. No entanto, também é verdade que existem conselhos que te podem ajudar a abraçar a escrita com maior tranquilidade. Queremos ajudar, por isso reunimos oito conselhos para ti. 1 - Escrever livros exige estudo. Como qualquer outra matéria académica, deves estudar. Para escrever um livro não basta a experiência de vida, muito menos a inspiração. Se queres contribuir para o espólio literário com uma obra de qualidade, não te limites a sentar e a escrever o que te vem à cabeça. Esse seria um bom exercício de escrita criativa, mas lembra-te que treinos não contam para o campeonato. 2 - Nem só técnica, nem só história. Podes ter uma excelente história, mas nem só de enredo é feito um bom livro, é preciso saber contá-la. Desconheces que existem técnicas para escrever um livro? Volta ao ponto um. A inspiração não chega, o talento não é suficiente. Um livro bem escrito tem uma estrutura, obedece a regras gramaticais e parte de um tema original. Procura informação em workshops, cursos ou livros. Caso prefiras mergulhar de olhos vendados e chamar-lhe escrita experimental, força, mas não aconselho. 3 - Apaixona-te pela história. Se não estás apaixonado pela tua história dificilmente o leitor se apaixonará. Se, pelo contrário, sabes que tens em mãos uma ideia brilhante, faz um esqueleto do enredo e desenvolve-a com motivação. Sentes um friozinho na barriga quando pensas no momento em que a personagem principal se apaixona? Mal podes esperar para escrever aquela cena que ninguém espera? Estás no caminho certo. 4 - Cria espaço mental. Para te dedicares à redação de um livro precisas de espaço mental. Se tens a cabeça ocupada com problemas graves ou outros acontecimentos que drenam a tua energia, talvez seja melhor adiares o projeto. Em alternativa, aprende a mudar o foco para a escrita e a libertar o pensamento no momento de passar as palavras para o papel. Não é fácil, mas é possível. 5 - Exercita a escrita criativa. Acreditas que alguém pode ser um bom atleta sem treinos intensivos? Não, claro. Na escrita passa-se o mesmo. Nunca poderás escrever um bestseller sem exercitares, de preferência diariamente, a escrita e a criatividade. Existem inúmeros exercícios e desafios interessantes para praticares a redação de histórias. 6 - Compra um bloco de notas. E leva-o para todo o lado. Nunca sabemos quando surge algo inspirador. Aponta cenas que vês, diálogos que ouves, cola recortes de notícias e fotos inspiradoras. Sabes aquela senhora que está no balcão do café e que se parece com a mãe da heroína da tua história? Aponta como se comporta, como está vestida, como fala e como se move. 7 - Treina a atenção plena. É da atenção plena ao que nos rodeia que surge a inspiração. Bastante óbvio. O problema é que andas constantemente perdido em pensamentos sobre o passado e o futuro, e deixas escapar a senhora que estava no balcão do café (volta ao ponto anterior). O melhor remédio para esta falha é treinar a atenção plena. Aposto que a primeira coisa que te ocorreu foi a meditação, e muito bem. Mas existem outras atividades que favorecem o foco no presente, como a jardinagem, cozinhar ou fazer caminhadas, 8 - Repete o mantra dos escritores. Não digas, mostra. Este é o mantra a repetir até à exaustão antes de começares a escrever um livro. É verdade que, por vezes, é preferível dizer, mas há detalhes que deves mostrar. Saber quando e como fazê-lo é uma questão de estudo - mais uma vez - e de treino - uma vez mais. Se o teu herói sofre de narcisismo, por exemplo, não digas que ele é narcisista, mostra-o a ter atitudes narcísicas. Se está apaixonado, mostra isso ao leitor, não te limites a dizer "ele olhou para ela e apaixonou-se". Se seguires estes conselhos, em breve estarás pronto para começar a escrever o teu livro. Garantimos, é mais fácil do que parece.
Boas escritas! |
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